Hoje é comemorado o Dia da Mentira e ouvimos muitos mitos no universo do vinho que acreditamos serem verdade, quer saber quais são? Então continue a leitura!
- Quanto mais antigo melhor!
Apenas 5% dos vinhos produzidos devem ser guardados por 10 anos ou mais. Atualmente 80% dos vinhos são para consumo imediato.
- Vinhos caros são os melhores
Não podemos negar que, na maioria dos casos, os vinhos com um custo elevado têm nível superior. Porém, existem algumas garrafas com preços bastante acessíveis que aparecem nas listas de melhores vinhos do ano com regularidade. Isso acontece porque o valor da garrafa é influenciado por fatores como, safra e principalmente o modo de elaboração, ou seja, o valor do vinho nem sempre indica qualidade.
- Bons vinhos têm rolha de cortiça
A rolha é frequentemente associada à qualidade do vinho, já que é capaz de manter a garrafa hermeticamente lacrada. Isso significa, em teoria, que a bebida fica mais protegida da ação do oxigênio que, como mencionamos, tem o efeito de oxidação.
O screw cap muito comum nos vinhos do novo mundo, é produzida em alumínio e revestida por uma camada protetora para evitar o contato direto do metal com a bebida, geralmente é utilizada para reduzir o custo de produção, porque é mais barata que a rolha de cortiça, Atualmente, além da questão financeira envolvida, os produtores tendem a optar por screw caps em rótulos de consumo mais rápido e pela cortiça em vinhos de guarda. Ou seja, não se trata de qualidade do vinho, mas de estilo. É o produtor que decide qual a melhor forma de vedação de seu vinho, com base em uma análise técnica.
Por isso, não é a forma de fechar a embalagem que vai demonstrar a qualidade de um vinho, e sim o aroma e o sabor da uva e o cuidado da produção.
- Os melhores vinhos são feitos com uma única uva
Essa afirmação está longe de ser correta. É verdade que a bebida originada de um tipo exclusivo da fruta pode conter características mais marcantes daquela casta específica, mas isso, por si só, não garante um resultado espetacular.
- Rosé é feito com sobras de tintos
Essa é uma grande mentira que, por um longo período, foi a origem de muito preconceito contra essa bebida. Por décadas, correu o mundo a fábula que o rosé era uma simples mistura de restos de tinto de baixa qualidade com uma dose de branco, rendendo uma bebida questionável.
Os rosés podem ser elaborados de várias formas. Uma das técnicas é o blend ou assemblage, que consiste na combinação cuidadosa de tinto e branco, buscando uma harmonia perfeita. Dessa forma, são elaborados os elogiados espumantes rosados da região de Champagne.
Outro modo de conseguir um rosé é realizando a maceração curta do vinho. O tempo de maceração é responsável por definir a cor do líquido final — quanto mais tempo o mosto permanece com as partes sólidas, mais “escura” fica a bebida. Para chegar ao rosé, o período de contato com a casca das uvas tintas é de algumas horas, apenas o suficiente para imprimir no suco a cor delicada característica.